sábado, 7 de junho de 2014

Anda comigo ver os aviões

Perante eventos de multidões, a maioria das pessoas tem uma de duas atitudes: a) fugir da cidade ou evitar sair de casa; ou b) querer meter o nariz em tudo o que for possível. Eu sou claramente dos segundos!

Apesar de não estar entre os sortudos que conseguiram assistir no estádio à final da Champions, tentei aproveitar ao máximo a animação daqueles dias. Na véspera, aproveitando a sorte que é trabalhar na Baixa, fui até ao Terreiro do Paço ver a própria taça (chamam-lhe a "orelhuda"); dava para tirar uma fotografia mesmo ao lado, mas como a fila era enorme, fiquei-me por esta selfie.
No dia do jogo, espicaçado pelas notícias de que haveria um recorde de tráfego aéreo na Portela, levei a Luisinha a ver os aviões aterrar e descolar (Joana, lembrei-me de ti). Há sempre por ali uns "planespotters" (pessoas que gostam de ver ao perto e fotografar aviões), que naquele dia eram dezenas! A Luisinha apreciou tudo com muita atenção, desde o barulho da aceleração no descolar ao fumo do trem de aterragem quando toca na pista.
Os "planespotters" com especial atenção ao Boeing 777-200ER da Emirates,
por sinal o patrocinador do Real Madrid, vencedor da Champions
À noite, mal os "merengues" levantaram a taça, fui dar uma voltinha na minha lambreta, Avenida da Liberdade abaixo, para checar os festejos dos nuestros hermanos que invadiram Lisboa. Tudo alegre, mas dentro do ordeiro e buena onda.
Acabei por ir ter com amigos ao novo Mercado da Ribeira, onde também vi várias caras da televisão - Lisboa é uma ervilha e anda tudo ao mesmo. Em véspera de eleições, os manos António e Ricardo Costa petiscavam por ali, a seguir ao jogo, quem sabe se a delinear tácticas para outros jogos.
Assim se passou mais um grande evento na nossa cidade. Provámos ao mundo, mais uma vez, que podemos não ter muito jeito para nos governar a longo prazo, mas somos do melhor a organizar festas. E, confesso, não tenho nada contra a formiga, mas foge-me o pé para a cigarra.

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