sábado, 12 de abril de 2014

Os dias no hospital

Muito haveria a contar sobre estes primeiros dias, mas, como dizia o outro, não tenho tempo. Enquanto nos primeiros dias depois do nascimento da Luisinha fui, em grande parte, um espectador babado, desta vez há muito mais coisas (práticas e emocionais) a gerir e menos tempo para relatos e fotografias. Mas não queria deixar de guardar aqui, por tópicos, algumas recordações do tempo passado no Hospital de Santa Maria, onde a Maria e o Manel estiveram até quinta-feira:

- Já não me lembrava de metade dos cuidados que é preciso ter com uma criatura tão pequena. Não me lembrava do cordão umbilical pendurado com uma mola, de limpar as necessidades com uma compressa molhada, ou do delicado que é para a mãe o começar a dar de mamar.

- Uma vez mais, saímos satisfeitos com o hospital público. Ao nível médico, ficamos mais descansados e de facto foi tudo "sem espinhas". Para estadia ao nível de hotel, temos outras oportunidades. Além de que é um descanso só haver 2 horas para visitas gerais... Eu podia estar entre as 13h e as 20h, o que é bastante razoável, sobretudo tendo a Luisinha em casa.

- Dentro e fora do horário, a Maria foi recebendo as visitas das colegas enfermeiras do seu serviço. Com o seu bom feitio, claro que gostou e não se importou nada, mas calculo que nem todas gostassem de ter colegas de trabalho a aparecer no quarto a meio das visitas da família ou de uma mamada...

- O quarto onde a Maria e o Manel ficaram tinha vista para o Estádio do Sporting. Querem melhor prenúncio do que este? Bem lembrado pelo meu amigo Nuno España, tratei de uma coisa importante logo no primeiro dia de vida: o Manel é o sócio 107.358 do Sporting Clube de Portugal!

- O registo da criança faz-se num balcão no próprio hospital, é muito prático! Ficou Manuel Francisco Albino Tavares. Manuel porque eu sou Tiago Manuel e porque sempre gostámos do nome; Francisco é um nome que também gostamos muito, que não poríamos como primeiro porque já temos um sobrinho e, tendo sido ideia da Maria, claro que aqui o papista aprovou. É o primeiro bisneto do meu avô Tavares com a prerrogativa de passar aos filhos o nosso apelido sefardita. 

- Na naturalidade, podemos escolher entre a freguesia do hospital e a da residência. Quando nasceu a Luisinha, morávamos na freguesia de Nossa Senhora de Fátima e obviamente que optei por lhe pôr a Nossa Senhora de Fátima no cartão de cidadão. Desta vez, como a nossa freguesia passou a chamar-se Avenidas Novas e a do hospital chama-se Alvalade, já estão a ver para onde pendeu o meu coração.
A nossa primeira foto de família a 4
Manuel, o Pensador
Quando a Maria voltou do lanche, encontrou-nos assim
Superman-el a sair do hospital

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